Objetivo: o presente estudo consiste em uma análise retrospectiva da sobrevida e complicações em um estudo clínico de pacientes reabilitados com implantes zigomáticos instalados em maxilares atróficos. Material e métodos: pacientes de dois centros de clínicas de autores no Brasil (IDM Clinic, Rio de Janeiro) e Chile (Universidad de Los Andes, Santiago; e Universidad de La Frontera, Temuco), com atrofia maxilar severa, reabilitados com prótese fixa total maxilar com implantes zigomáticos e implantes convencionais submetidos à carga imediata. Os pacientes foram convocados para acompanhamento clínico e radiográfico anualmente após a instalação da prótese, para avaliação da estabilidade dos implantes, condições da prótese e tecidos peri-implantares. Resultados: foram colocados 16 implantes convencionais, quatro implantes longos (21 mm) e 22 implantes zigomáticos. Em todos os casos, a membrana sinusal estava perfurada e nos três pacientes que apresentavam patologias do seio maxilar. Nestes casos, uma pequena janela foi feita na parede anterior para promover a curetagem e limpeza dos seios da face. Nenhum dos implantes convencionais falhou e nenhum dos implantes zigomáticos falhou ou apresentou fenestração da mucosa. Conclusão: os implantes zigomáticos colocados de acordo com um protocolo de carga imediata apresentaram maior sobrevida estatisticamente importante. As principais complicações observadas foram mecânicas, perimplantite e sinusite, com incidência de 27%, 18% e 13%, respectivamente.