Objetivo: analisar o risco potencial de complicações biológicas e mecânicas após o tratamento com implantes em pacientes totalmente desdentados na mandíbula e na maxila. Material e métodos: pacientes de duas clínicas foram avaliados retrospectivamente após tratamento com implantes em mandíbulas e maxilas totalmente desdentadas. Os pacientes foram acompanhados durante um a 15 anos, de acordo com protocolos clínicos de rotina, reabilitados com prótese fixa e removível apoiada por implantes convencionais e zigomáticos. Todos os pacientes foram identificados, registrados em prontuários individuais: idade, data e região de colocação do implante, dimensão do implante, tipo de prótese, natureza do antagonista e tipo de complicação. Resultados: entre janeiro de 1999 a julho de 2013, um total de 1.064 implantes foram colocados em 165 pacientes das clínicas dos autores. Foram colocadas 174 próteses (168 próteses fixas e seis próteses removíveis) e acompanhadas durante o período de um a 15 anos. As complicações observadas foram: peri-implantite, falha do implante, fratura do implante, fratura do parafuso do pilar, fratura da cerâmica, fratura da resina e fraturas de estruturas. Conclusão: os resultados deste estudo sugeriram que implantes em pacientes reabilitados totalmente desdentados apresentaram uma alta taxa de sucesso de 97%. Os resultados demonstraram que as complicações mecânicas são mais frequentes que as complicações biológicas, e alguns aspectos associados à natureza do antagonista devem ser considerados para o sucesso do tratamento.